Os crescentes desafios do mundo corporativo vêm impondo às organizações, e consequentemente aos seus executivos, a necessidade de desempenhos cada vez mais elevados.
A concorrência está cada vez mais acirrada, as barreiras de entrada vão sendo derrubadas, o avanço da tecnologia exige constantes investimentos para que se possa atender as exigências cada vez maiores dos potenciais clientes, crises econômicas são cada vez mais frequentes e esses são apenas alguns exemplos.
Para fazer frente a tudo isso as organizações precisam se reinventar e seus executivos têm que manter alta performance durante todo o tempo, além de estimular toda sua equipe a ter o mesmo desempenho.
Afinal, os executivos são os responsáveis pelo direcionamento da empresa, pela sua gestão e, em última análise, pelos resultados obtidos.
Por mais que sejam profissionais preparados, eles também precisam de apoio e suporte, na medida em que as exigências sobre eles são igualmente expressivas.
De forma similar, um atleta de alta performance precisa contar com uma equipe de profissionais que contribua para seu constante desenvolvimento, para alcançar melhores desempenhos – isto porque os seus concorrentes certamente melhorarão as marcas já obtidas.
O COACHING EXECUTIVO
De acordo com a SLAC – Sociedade Latino Americana de Coaching, coaching é um processo de desenvolvimento humano, pautado em diversas ciências e técnicas para auxiliar as pessoas e empresas no alcance de metas, no desenvolvimento acelerado e em sua evolução contínua.
Repare que a definição acima se aplica a qualquer processo de coaching. Até porque, coaching é coaching.
As diversas denominações utilizadas pelo mercado para identificar o referido processo têm por objetivo direcioná-lo aos públicos-alvo que podem ser beneficiar dele. O que muda, portanto, é o conjunto de ferramentas aplicado durante o programa de coaching, além da capacidade e experiência do Coach (o profissional que conduz um programa de coaching).
Como exemplos de denominações mais comumente empregadas, podemos citar:
COACHING DE VIDA: voltado para o desenvolvimento pessoal, melhoria da qualidade de vida como um todo;
COACHING DE CARREIRA: tem por objetivo o desenvolvimento da carreira profissional;
COACHING DE TIMES: atua no desenvolvimento e maximização da performance de equipes.
Assim, quando mencionamos o termo COACHING EXECUTIVO estamos procurando comunicar que se trata de um programa de coaching desenvolvido com o objetivo de prestar suporte aos executivos de uma determinada instituição, de modo a contribuir para a maximização de suas performances e consequente alcance dos objetivos da organização.
No caso do COACHING EXECUTIVO as ferramentas não serão as mesmas utilizadas em um COACHING DE VIDA, pois situações diferentes irão requerer abordagens diferentes.
Executivos costumam ser profissionais capacitados, com um forte direcionamento para resultados práticos e bastante exigentes. Um Coach sem experiência no mundo corporativo, que não consiga compreender com profundidade a realidade do cliente, além de ter mais dificuldades em definir e utilizar as ferramentas adequadas às peculiaridades desse universo, ao apresentar uma abordagem desconectada dos objetivos da organização, poderá comprometer seriamente os resultados do trabalho, ou mesmo seu início.
Portanto, caberá ao Coach, ao desenvolver o programa de COACHING EXECUTIVO, escolher, e elaborar, as ferramentas que melhor atendam às necessidades do seu cliente.
Um programa de COACHING EXECUTIVO precisa ser totalmente alinhado com o planejamento estratégico da organização. Deve proporcionar o suporte necessário à implementação das ações que levarão ao alcance da Visão. Deve, ainda, contribuir para que os executivos consigam manter o equilíbrio necessário na utilização do tempo disponível, e na conciliação dos objetivos de curto, médio e longo prazos.
Para isso o programa de COACHING EXECUTIVO deve contemplar:
- Avaliação do contexto da organização, da unidade e do executivo que estiver recebendo o suporte;
- Definição de metas compatíveis com aquelas definidas no planejamento estratégico e relacionadas com as ações que estão sob a responsabilidade do executivo;
- Avaliação das competências do executivo;
- Avaliação da equipe que está vinculada ao executivo;
- Avaliação dos processos realizados na unidade;
- Avaliação dos recursos disponíveis para a realização das ações;
- Uma análise SWOT, considerando os resultados obtidos nas avaliações anteriores e o contexto observado;
- Revisão dos planos de ações; e
- Análise da utilização do tempo pelo executivo.
O Coach precisa proporcionar uma atmosfera positiva durante a realização das sessões, de modo a contribuir sempre para a manutenção do foco nos objetivos e na busca pela superação dos eventuais obstáculos que possam surgir durante o período.
Cabe ao Coach criar as condições para que o executivo se sinta à vontade para compartilhar seus progressos, suas frustrações e expectativas, A relação entre o profissional do coaching e seu cliente deve ser baseada na franqueza, no respeito mútuo e atitude positiva.
A atuação do Coach deverá possibilitar o aumento da autoconfiança do executivo, estimular a geração de inovações, a assunção de responsabilidade pelos resultados e melhor qualidade na tomada de decisões.
A GESTÃO ESTRATÉGICA
A GESTÃO ESTRATÉGICA é formada pelo conjunto de ações que iniciam com a formulação de um planejamento estratégico, passam pela execução das estratégias definidas, pelo monitoramento dos resultados obtidos e, eventualmente, pela redefinição e implementação de ações corretivas, de modo a garantir que os objetivos estabelecidos no planejamento sejam efetivamente alcançados.
O planejamento estratégico pode ser dividido em quatro etapas:
- Orientação – Em que se define Negócio, Missão, Valores e Visão;
- Diagnóstico – Onde serão avaliados diversos aspectos internos e externos da organização;
- Direção – Aqui são definidos objetivos, metas e indicadores; e
- Operação – Que consiste na elaboração dos planos de ações que deverão ser implementados.
Cada uma das etapas da formulação do planejamento estratégico apresenta uma série de desafios, como a equalização de percepções a respeito da empresa e do mercado em que atua, ou a comunicação do seu conteúdo aos colaboradores da empresa, dentre muitos outros.
A prática, porém, mostra que os maiores desafios iniciam a partir do momento em que cada um dos executivos precisa colocar em prática as ações que foram definidas na etapa Operação. Agora a coisa deixa de ser um punhado de ideias e discursos e passa a concorrer com o dia a dia da organização – que consome vorazmente o tempo e demais recursos disponíveis.
É comum empresas realizarem grandes esforços e investirem bastante tempo na formulação de suas estratégias e, para frustração de todos (inclusive dos consultores eventualmente contratados para assessorar a coordenação do trabalho), verem os planos de ações serem engavetados e esquecidos.
As justificativas podem ser diversas. Uma que já ouvi mais de uma vez é que “a prática é diferente da teoria”. Os que gostam de usar frases oriundas dos esportes podem dizer que “treino e treino, jogo é jogo”.
Embora tal situação seja compreensível, é preciso orientar os esforços no sentido da efetiva implementação das ações previstas. Afinal, se a empresa continuar fazendo o que fazia anteriormente à elaboração do planejamento estratégico, a tendência será obter os mesmos resultados, ou até piores.
Quanto maiores forem as mudanças exigidas, maiores serão as dificuldades de manter o direcionamento definido no planejamento estratégico.
É nessa hora que começa a surgir a necessidade de suporte a todos os responsáveis pela implementação das ações. Alguma coisa precisa ser feita para garantir a manutenção do foco nos objetivos estratégicos definidos, a destinação seu tempo e dos recursos da organização para o que realmente importa: o alcance da Visão. E o COACHING EXECUTIVO é esse suporte.
JUNTANDO OS PONTOS
Um programa de COACHING EXECUTIVO aplicado de forma integrada com a GESTÃO ESTRATÉGICA possibilita o melhor aproveitamento das potencialidades dos executivos da organização, contribuindo de forma significativa para o alcance da VISÃO.
Autor: Leonardo Faletti
Julho/2018